O cantor e compositor Lenine volta ao Recife para apresentar mais uma vez o repertório do álbum Carbono, o oitavo registro em estúdio da carreira, lançado em abril de 2015 pela Universal Music e considerado um dos melhores de sua trajetória. A apresentação acontece hoje, a partir das 21h30, no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda.
É de Lenine a direção musical da apresentação na qual canta as 11 faixas do disco, como Castanho, parceria com Carlos Posada, e Cupim de Ferro, assinada a várias mãos com os amigos da Nação Zumbi. As novas canções ganham a companhia de composições anteriores, como Na Pressão, O Dia em Que Faremos Contato e Labiata, tendo como fio condutor a figura e a sonoridade do então elementar Carbono.
Produtores do álbum ao lado de Lenine, Bruno Giorgi (comandando bandolim, guitarra, efeitos e vocais) e JR Tostoi (guitarra e vocais) sobem ao palco com Guila ( no baixo, synth e vocais) e Pantico Rocha (bateria e vocais), adicionando ao espetáculo elementos que flertam com rock sem perder, no entanto, o hibridismo de sons proposto pelo álbum.
O elemento carbono, aliás, está presente também no cenário elaborado pela designer Natália Lana e pelo light designer Robson de Cassia, responsável, ainda, pela iluminação. Peças como lâmpadas abastecidas através de energia solar e pneus reciclados compõem a ornamentação de palco, em sintonia com o projeto de redução do impacto ambiental da turnê, que envolve plantio de árvores para neutralização das emissões de CO2.
À época do lançamento de Carbono, em entrevista ao crítico musical deste Jornal do Commercio, José Teles, Lenine afirmou que “o carbono detém esta propriedade de poder chegar à leveza do grafite e à dureza do diamante. Todas as canções do disco foram feitas sob a égide do carbono”. Sobre o processo de criação, acrescentou: “Estou fazendo um disco de inéditas. Tem que acontecer no tempo certo, contar este momento. Teve alguns discos que a gente recorreu a músicas que não foram aproveitadas e estão na gaveta. Em Carbono fizemos o número exato”.