O funk, ao longo das últimas décadas, tem se apresentado como um dos espaços mais democráticos na música brasileira, principalmente no questido da representatividade. Negros, mulheres e LGBTs têm se apropriado do espaço para articular seus desejos e projetarem suas próprias vozes. É o caso de Lia Clark e Mulher Pepita, que lançaram, nesta quinta-feira (26), o clipe de Chifrudo.
A drag queen Lia Clark, que já lançou sucessos como Trava Trava, tem despontado no cenário funk, com estética muito ligada aos clipes de cantoras americanas. Mulher Pepita também é um nome forte do gênero, pregando liberdade sexual, respeito e empoderamento.
No colorido clipe de Chifrudo, elas reforçam a imagem de mulheres independentes e dão o troco no homem que as oprime.
Além de Lia Clark e Mulher Pepita, outras artistas LGBTs têm ganhado espaço no mundo do funk, entre elas MC Trans, MC Xuxú, MC Lynn da Quebrada, Pabllo Vittar, Kaya Konky e outras. Seus trabalhos, que aliam funk à estética pop, têm ultrapassado segmentos e começam a se transformar em fenômenos pop.