Mimo invade Olinda nesta sexta com música e documentários

Otto e Zé Manoel são os pernambucanos no festival
JOSÉ TELES
Publicado em 17/11/2017 às 6:21
Otto e Zé Manoel são os pernambucanos no festival Foto: foto: divulgação


A francesa Laura Perrudin, cantora, compositora e harpista, abre hoje, às 19h, no Convento de São Francisco, a programação do Mimo Festival em Olinda. Até domingo, a cidade estará impregnada de música e cinema, com artistas de vários países dividindo palco com brasileiros, incluindo os pernambucanos Otto e Zé Manoel. A Mimo é realizada por Lu Araújo Produções e Musickeria.

 Será a edição mais arejada com uma boa dose de nomes de nichos mais pop, feito Manel Cruz, destaque do rock português, ou os colombianos do grupo Ondatrópica, que fecha a noite de hoje, na Praça do Carmo. Uma mistura de gerações e de ritmos, lideradas por Will Holland e Mario Galeano, que chegam à Olinda com show do disco novo, Baile Bucanero. Um álbum que vai de gêneros da Colômbia aos ritmos cubanos e africanos, extremamente dançante.

 O Ondatrópica toca depois do já veterano angolano Paulo Flores, que mescla músicas do seu país, semba, kizomba e kilapanda, com música brasileira e cubana, influenciada por ritmos de Angola. Flores faz a música urbana, com percussão e guitarra. Também no palco do Carmo, o DJ Montano, um dos requisitados do Rio (já discotecou na Mimo Olinda, em 2015). Na Sé, às 20h30, mais um nome da França, o violinista Didier Lockwood, um dos maiores nomes do jazz francês, que se situa entre o virtuosismo de Stéphane Grappelli e a ousadia de Jean-Luc Ponty. O medalhão do jazz nesta edição.

 O instrumental brasileiro é representado por Eduardo Neves (sax e flauta) e Rogério Caetano (violão de 7). Todos os dias, no Conservatório Pernambuco de Música, na Boa Vista, e no Centro de Educação Musical de Olinda, em Salgadinho, uma oportunidade rara de aprender e trocar ideias com os artistas, que comentam nas oficinas sobre suas respectivas músicas e técnicas. Paralelo acontece o Forum de Ideias, com Otto, Paulo Flores, e os franceses Vincent Moon e Priscilla Telmon (horários e locais no site da Mimo).

ÁFRICA

 Além de Paulo Flores, a Mimo trouxe dois nomes do primeiros time da música da África, o malinense Vieux Farka Touré, filho de uma lenda do Mali, Ali Farka Touré, que se apresenta no palco do Carmo, e o trio 3 MA, o “ma” tirado das primeiras sílabas dos nomes dos países dos músicos do trio, Mali (Ballaké Sissoko), Rajery (Madagáscar), e Marrocos ( Driss El Maloumi). O 3 MA é uma experiência única.

 Rajery toca o valiha, uma espécie de harpa feita num tubo de bambu, Ballaké Sissoko é um dos maiores nomes do kora, instrumento também assemelhado à harpa, e Driss el Maloumi é virtuoso no oud (da família do alaúde). O trio toca na Igreja da Sé. Sábado na Igreja do Carmo é a vez de conhecer o ganhador do Prêmio Mimo Instrumental, o pianista paraibano Salomão Soares, que se apresenta antes de Zé Manoel.

 Depois de Vieux Farka Touré, o palco do Carmo recebe o sérvio Emir Kusturica e o grupo The No Smoking Orchestra. Kusturica é mais conhecido como cineasta premiado, e sua banda lembra o Gogol Bordello, que já tocou no Rec-Beat, fazem uma revigorante salada de ritmos, diversos idiomas, anarquia na globalização.

 AFTER

 Até domingo, sempre a partir das 22h, o Com Domínio.art (Rua do Sol, 82) recebe o After Mimo. Hoje, tocam no evento os DJs Daya, Lestath e Pauliño Nunes, que mesclam ritmos baianos a influências internacionais com o pop, reggaeton, ragga, kuduro, entre outros. Ingressos custam R$ 10. No sábado, colocam som os DJs PatrickTor4, Nego Freeza (BA) e Rafoso, além de Tahira (SP) e Negro Pesimo (Chile), com entrada gratuita.

TAGS
mimo olinda 2017
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory