Geraldo Vandré volta aos palcos, depois de 50 anos da ovação recebida no Maracanãzinho, ao defender, no Fastival Internacional da Canção, a guarânia Pra não dizer que não falei de flores (Caminhando), que o tornou também inimigo nº1 do regime militar. Com o AI-5, ele se viu obrigado a sair do Brasil.
Vandré vai se apresentar dias 22 e 23, quinta e sexta, na Sala de Concertos Maestro José Siqueira, no Espaço Cultural José Lins do Rêgo, em João Pessoa. Seria apenas um concerto, mas devido a grande procura por ingressos, e o tamanho reduzido da sala de concerto, haverá uma apresentação extra.
O cantor, que voltou a morar na capital paraibana, onde nasceu, parece estar mais à vontade em sua terra (ele nasceu em João Pessoa, em 1935). Recentemente foi presidente de honra da comissão julgadora do Festival de Música da Paraíba, ralizado no mesmo Centro Cltural. Desta vez ele aceitou o convite do governador Ricardo Coutinho para participar do evento, dividido em duas partes. Na primeira, Geraldo Vandré sobe ao palco acompanhado da pianista Beatriz Malnic, com quem executa seis peças para piano compostas pela dupla.
Na segunda, a Orquestra Sinfônica da Paraíba, acompanhada do Coro Sinfônico do Estado, executará composições do homenageado, como: Pra não dizer que não falei de flores (Caminhando), e as inéditas À minha pátria, mensageira e fabiana.
Ele poderá, dependendo do seu humor, e da reação do publico, recitar poemas seus:
“Pode ser ainda que entre uma apresentação e outra eu recite alguns de meus poemas. Vai depender da emoção do momento. Eu tenho noção da importância desse concerto para o país”, comentou no release divulgado pela Secretaria de Cultura do Estado da Paraíba. Aliás, o secretário de cultura Lau Siqueira, promete o lançamento da primeira edição brasileira, de um livro que Geraldo Vandré lançou, em 1973, no Chile, onde estava exilado.