O tempo deu razão a Jackson do Pandeiro

Jackson deixou o Rio de Janeiro em 1958, ano em que a música brasileira sofreu mudanças severas. Enfrentou tempos difíceis e deu a volta por cima, tornando-se um dos músicos mais requisitados para gravações
JOSÉ TELES
Publicado em 25/08/2019 às 9:50
Foto: Reprodução


ADEUS, JACKSON

Trabalhou até o fim da vida. Em julho de 1982, fez shows em Santa Cruz do Capibaribe (onde se sentiu mal, um princípio de infarto), Caruaru, e encerrou a carreira com uma apresentação em Brasília. Sofria de diabetes, diagnosticada em meados dos anos 60. Morreria em consequência da doença crônica e mal cuidada. Morte que teve pouco espaço na imprensa, e nenhuma comoção popular.

Passou mal quando se anunciava o embarque do seu vôo, de Brasília pra o Rio. Foi internado no dia 4 de julho, um domingo, na UTI da Casa de Saúde Santa Lúcia. Na quarta-feira, o Correio Brasilense noticiava o internamento. O médico Nery João atribuiu o internamento a “descompensação da glicose”. Com o título curioso de J-K Sou Brasileiro JK – Sou do Pandeiro, em 10 de julho, o mesmo jornal alertava para o estado grave do cantor, que morreria naquele dia.

A próxima matéria sobre Jackson noticiava seu sepultamento no Cemitério do Caju, no Rio. A causa mortis: um edema pulmonar. Oswaldo Oliveira, Carmélia Alves e Azulão eram alguns dos artistas que estavam no velório. Jackson estava com 62 anos.

Seus restos mortais foram trasladados para sua cidade natal, Alagoa Grande em 2009, e estão num mausoléu no Memorial Jackson do Pandeiro.

No vídeo a seguir, Silvério Pessoa, Biliu de Campina e Baixinho do Pandeiro apresentam Cabo Tenório, música de Jackson do Pandeiro, durante o Troféu Gonzagão 2019, em Campina Grande (PB). Jackson foi um dos homenageados da 11ª edição do evento:

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