Pela primeira vez, o Centro do Recife será palco das sambadas de maracatu de baque solto, tradicionais no interior de Pernambuco. Neste domingo (24) e no 8 de dezembro, a capital celebra a manifestação típica da dança de terreiro, tradição considerada patrimônio imaterial do Brasil. Nas sambadas, os grupos já ensaiam para o Carnaval 2020. O evento é realizado pelas Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura Cidade do Recife, da Prefeitura do Recife.
Neste domingo, a festa começa às 16h no Pátio de São Pedro, no bairro de Santo Antônio, com a presença dos maracatus Cruzeiro do Forte do Recife - agremiação mais antiga da cidade, com 90 anos de atividade - e Pavão Dourado de Tracunhaém - campeão do Grupo Especial do Concurso de Agremiações do Carnaval do Recife 2019.
Após quinze dias, no domingo do dia 8, é a Boulevard Rio Branco, no Bairro do Recife, que recebe a brincadeira. Desta vez, o encanto fica por conta dos grupos Piaba de Ouro de Olinda, sob comando dos filhos do Mestre Salustiano, um dos fundadores, e Gavião da Mata de Glória do Goitá, que há 13 anos manobra no município da Zona da Mata.
Nas Sambadas, os maracatus chegam com sua diretoria, Mestre e brincantes, dançando coreografias batizadas de manobras. Os Mestres cantam a peleja, enfrentando-se e disputando pela atenção do público. Enquanto isso, os folgazões dançam como se estivessem lutando. Ao contrário do que é visto no Carnaval, os folgazões não vestem os famosos - e pesados - adornos, como as golas bordadas ou a lança do cabloco, durante as sambadas. Em vez disso, trajam calça e camisa comprida e empunham um pedaço de madeira, tornando a dança e o movimento mais ágil.