Até o final do ano passado atuando como diretora de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundação Joaquim Nabuco, instituição federal ligada ao Ministério da Educação com sede em Casa Forte, Silvana Meireles foi convidada para assumir a secretaria executiva de Cultura no governo Paulo Câmara. Seu nome foi definido às vésperas do ano-novo pelo novo secretário Marcelino Granja (PCdoB), depois da confirmação da volta de Juca Ferreira (PT) ao Ministério da Cultura, na terça-feira, para o segundo mandato de Dilma Rousseff.
Marcelino Granja, que assume no lugar de Marcelo Canuto a Secult-PE, e Silvana Meireles tomam posse hoje, às 14h, em cerimônia de transmissão de cargo no Teatro Arraial. Márcia Souto será presidente da Fundarpe no lugar de Severino Pessoa.
Silvana Meireles foi Secretária de Articulação Institucional do Ministério da Cultura e coordenadora do programa Mais Cultura durante a gestão de Juca Ferreira. Engenheira eletrônica, com especialização em Políticas Culturais e servidora de carreira da Fundaj, Silvana vai atuar como elo fundamental entre a Secretaria Estadual de Cultura e o MinC, facilitando a afinidade de políticas e verbas. Experiência não lhe falta.
Silvana foi responsável pela implantação do Mais Cultura, programa que representa o reconhecimento da cultura como necessidade básica, direito de todos os brasileiros, tanto quanto a alimentação, a saúde, a moradia, a educação e o voto. Na perspectiva de cooperação, articulação e integração, o MinC estabelece parceria com ministérios, bancos públicos, organismos internacionais e instituições da sociedade civil, além, de assinar acordos com governos estaduais e municipais para a implementação das ações do Mais Cultura.
“Desde 2007, com a criação Mais Cultura, a cultura foi vista como um bem necessário à sociedade. O nosso público-alvo deixou de ser apenas o artista para incluir o cidadão”, afirmou Silvana Meireles, à época da primeira gestão de Juca.
Com a volta de Juca Ferreira ao MinC, é grande a expectativa para que seja retomado o programa de ampliação dos pontos de Cultura em Pernambuco, atualmente parado, e que o incentivo do Vale Cultura saia do papel. “Pelo seu forte traço sensível e humanista, tenho convicção de que Marcelino Granja se entenderá perfeitamente com Juca Ferreira e poderá ser o elo de ligação entre Cultura, Tecnologia e Inovação, tão necessário para que alcancemos escala global no âmbito da tão propalada Economia Criativa, que na verdade nada mais é do que a Economia do Conhecimento”, disse o produtor cultural Rogério Robalinho.