Woody Allen não descarta filmar no Brasil

" (...) assim que algo me ocorrer e for perfeito para o Brasil, farei na hora", admitiu o cineasta
Folha Press
Publicado em 15/05/2015 às 13:08
" (...) assim que algo me ocorrer e for perfeito para o Brasil, farei na hora", admitiu o cineasta Foto: AFP


O eterno projeto do diretor Woody Allen para filmar no Brasil nunca se concretizou, mas ainda não é um sonho morto. "Nunca estive no Brasil, então ainda não tive uma ideia para filmar no Rio", revelou o diretor em entrevista à imprensa mundial, nesta sexta-feira (15), em Cannes, onde está divulgando seu novo O homem irracional, que estreia no Brasil em agosto.

"Quando estou em casa pensando em ideias imagino se alguma cidade seria ideal para a trama, então não sei como começar uma história passada no Brasil, mas assim que algo me ocorrer e for perfeito para o Brasil, farei na hora", completou o cineasta de 79 anos.

Allen está em Cannes para lançar seu 47o filme, porém um dos cineastas mais importantes em atividade está duelando com um desafio inédito: criar uma série cômica para a Amazon. "Acho que cometi um erro catastrófico", brincou o diretor e roteirista em entrevista para a imprensa mundial, nesta sexta-feira (15). "O roteiro está sendo preparado lá em casa, mas é muito difícil", disse Allen.

"Achei que ia ser fácil escrever uma série, mas são seis horas divididas em meia hora por episódio. Espero que não desaponte a Amazon, senão vai ser uma vergonha cósmica para mim."

Em O homem irracional, Joaquin Phoenix faz Abe Lucas, um professor de filosofia amargurado que muda-se para uma pequena cidade na Costa Leste dos Estados Unidos para ensinar na universidade local.

Sua fama de alma atormentada -por causa da traição da mulher e da morte de um amigo no Iraque- ouriça não apenas o corpo docente masculino, mas uma linda e brilhante estudante, Jill (Stone), e Rita (Parker Posey), uma professora insatisfeita com o casamento.

No meio do esperado triângulo amoroso, Allen faz uma homenagem a Hitchcock e Pacto sinistro (1951): ele decide matar um juiz que estaria prejudicando uma completa estranha, cuja história sobre perder os filhos ele ouviu na mesa ao lado. A ação o traz de volta à vida, mas tem consequências mais sérias quando seu plano perfeito mostra algumas falhas.

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