Carol Levy solta os bichos no palco do Santa Isabel

Tem valsa para contar a história de um cachorro que está ficando velho, tem frevo para ensinar as vogais e, com uma melodia bem animada, dá para conhecer a lagartixa que pensava ser uma dinossaura. Essa é a tônica do show do disco CantaBicho – o primeiro da cantora pernambucana Carol Levy – que ela apresenta, neste sábado e domingo, no Teatro de Santa Isabel.

Além das 19 faixas dedicadas aos bichos, incluindo contações de histórias, outra entre suas especialidades, o show também é pautado por brincadeiras interativas e músicas que já conhecidas de parte do público infantil, como Ventilador de teto, Lobo legal e Pangaré.

“O show está mais rico de tudo: música, histórias e elementos de cena. Temos um cenário especial e os músicos também usam um figurino”, contou Carol, em entrevista ao Jornal do Commercio.

Assinando a direção geral e à frente do cenário está o escritor e contador de história Luciano Pontes. Um reforço que foi muito bem recebido pela artista. “ Eu sou fã de Luciano. Sentia falta desse olhar de um contador de histórias”, salientou. A direção musical é de Carlinhos Borges, que também assume os teclados da banda, ao lado dos músicos Cacá Barreto (baixo), Frederica Bourgeois (flauta) e Lara Klaus (percussão).

O trabalho de Carol Levy ganhou elementos novos, que foram levados para os palcos. Além das tradicionais contações de histórias, a apresentação mostra uma artista versátil, com um intenso trabalho de cena. “Há momentos em que fico só com o texto, trabalhando com a interpretação. Também vou dançar muito e exercitar o meu lado cantora. Porque antes de ser contadora de histórias eu já cantava.”

Vejo dois mosquitos pelo ar, O trem maluco, A cigarra e a formiga e Gatinho malhadinho são outras canções que integram o repertório do show. “O processo de escolha das músicas que fazem parte do disco foi bem natural. Foram coisas que vi ali e aqui, que ia ouvindo e guardando. A música dos mosquitos, por exemplo, encontrei em um livro antigo de cantigas de roda e achei a letra legal”, explicou Carol.