Sonia Braga:Tudo foi importante para mim em Aquarius

Aplaudida no Festival de Cannes, atriz Sonia Braga relembra as filmagens e o significado de Aquarius
Ernesto Barros
Publicado em 21/05/2016 às 18:50
Foto: Foto: Valery Hache/AFP


CANNES – Esta foi a quinta vez que Sonia Braga participou do Festival de Cannes. Foram três filmes na Seleção Oficial, sendo que deles, O Beijo da Mulher Aranha, teve um relançamento especial de 25 anos com a sua presença. Ela também foi membro do júri em 1986, quando A Missão ganhou a Palma de Ouro e Fernanda Torres o prêmio de Melhor Atriz por Eu sei que vou te amar. Nesta entrevista, Sonia fala das lembranças das filmagens de Aquarius no Recife e da personagem que pode fazer com que ela saiu com o prêmio intepretação este ano. 

JORNAL DO COMMERCIO – Na coletiva de imprensa você falou que as lembranças mais importantes que carrega dos filmes é o ambiente do set e das pessoas com quem trabalhou. Quais são as memórias das filmagens de Aquarius?

SONIA BRAGA -  Nós trabalhamos muito pesado. No meu dia de folga eu ia para a acupuntura para me reenergizar.  Eu pensava que não podia ficar doente. Alguns ficaram, porque o trabalho foi muito puxado. Eu não saí nenhuma noite durante as filmagens, só no último dia, quando acabamos o filme. Nunca tive nenhum assistente na minha vida, mas Emilie Lesclaux, a produtora de Aquarius, sabia que o volume de trabalho seria grande e colocou uma pessoa para ficar colada comigo. Karina Nobre foi uma “anja” e cuidou muito de mim. O Fellipe Fernandes também. O prediozinho onde filmamos foi o nosso lugar de trabalho e de convívio, eu ficava o dia inteiro lá. Em me lembro muito da “Equipe Aquarius Ninja” e de momentos lindos. Toda vez que alguém vai embora, quando faz a última cena, todo mundo aplaude. Mas teve um dia em que estávamos filmando na rua e Kleber disse que a grua iria embora. Edu Mourão, um dos maquinistas, perguntou pasmo: “A grua vai embora? Ninguém vai se despedir da grua?” Eu fui lá e me abracei com a grua: “Grua, não vai embora”. Todo se abraçou com ela porque a grua era um equipamento tão importante no trabalho de Edu, possibilitou tantos planos incríveis, que a gente tinha que se despedir dela. Desde os ensaios até o último momento, tudo foi importante para mim em Aquarius.

Foto: Valery Hache/AFP
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