Casamento de luxo que durou fim de semana inteiro pode ter sido bancado pela Lei Rouanet

Em vídeo divulgado pela Polícia Federal, as imagens mostram uma cerimônia pomposa realizado em um hotel luxuoso
JC Online
Publicado em 28/06/2016 às 14:56
Em vídeo divulgado pela Polícia Federal, as imagens mostram uma cerimônia pomposa realizado em um hotel luxuoso Foto: Foto: Reprodução/ Rede Globo


O casamento que pode ter sido bancado com recursos da Lei Rouanet durou um fim de semana em Jurerê Internacional, balneário reduto de celebridades e milionários no litoral de Santa Catarina. A informação faz parte a Operação Boca Livre, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (28).

Realizado em 25 de maio deste ano, o casamento de Felipe Amorim e Caroline Monteiro foi pago pelo pai de Felipe, o empresário Antônio Carlos Bellini Amorim, dono da Bellini Cultura, que é suspeita de ser a cabeça do esquema de desvio de verba da Lei Roaunet.

Em vídeo divulgado pela PF, as imagens mostram uma cerimônia pomposa realizada em um hotel luxuoso de frente para o mar da praia de Jurerê Internacional, no litoral de Florianópolis, onde os convidados esbanjam comidas e bebem espumante no gargalo da garrafa. O casório durou um fim de semana inteiro e teve o sertanejo Leo Rodriguez como atração principal. O cantor afirmou desconhecer de onde vinha o pagamento.

Em coletiva de imprensa, o ministro da Justiça Alexandre Moraes ficou indignado com o casamento. "Vimos a gravação de uma festa boca livre que nós pagamos. No meu casamento, eu paguei. Por sinal, fiquei pagando um ano ainda", disse. 

O ministro da Justiça afirmou ainda que o problema não é a Lei Rouanet, mas sim na "ausência de mecanismos preventivos". A operação prendeu 14 pessoas na manhã desta terça. Entre elas, os noivos, e os pais do noivo. 

OPERAÇÃO BOCA LIVRE - A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União deflagraram na manhã desta terça-feira (28) a Operação Boca Livre contra fraudes de R$ 180 milhões na Lei Rouanet. De acordo com as investigações, os recursos públicos oriundos da legislação pagaram confraternizações de empresas e até festas de casamento. A investigação cita o Ministério da Cultura, as empresas Bellini Eventos Culturais, Scania, KPMG e o escritório de advocacia Demarest, Roldão, Intermedica Notre Dame, Laboratório Cristalia, Lojas 100, Nycomed Produtos Farmacêuticos e Cecil.

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