Caruaru não recolhe direitos autorais ao Ecad desde 2011

A inadimplência é comum nas regiõe Norte e Nordeste
JOSÉ TELES
Publicado em 04/07/2016 às 19:29
A inadimplência é comum nas regiõe Norte e Nordeste Foto: foto: divulgação


Há 12 anos Caruaru não paga direitos autorais, denuncia o Ecad, alvo constante de reclamações dos compositores. Independente das falhas da entidade, ela só pode remunerar os compositores se os usuários de suas músicas recolherem o pagamento devido ao seus cofres. O que não acontece apenas na Capital do Forró, mas em praticamente todo o Norte e Nordeste. Só o estado do Maranhão deve R$ 10 milhões às contas do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição.

Especificamente em relação à cidade de Caruaru, exlica o Ecad: "Levando-se em conta que o cálculo do valor da retribuição autoral para eventos como o São João, anunciado como o Maior do Mundo, é de 10% sobre o investimento realizado em torno da atração musical que, neste caso, seriam os shows. Portanto, de acordo com as informações que constam no Portal da Transparência,  sobre os cachês pagos aos artistas dos últimos dois anos (2015 e 2016), o valor estimado da retribuição autoral seria de, aproximadamente, R$ 500.000,00 por ano".

Não recolher ao Ecad é uma regra, com poucas exceções nestas duas regiões. E não apenas no São João. A nadimplência também chega ao Carnaval. A inadimplência faz com que, ano após ano, um do autores que mais arrecada no período junino seja Lamartine Babo, falecido há 53 anos, pela execução de Isto é Lá com Santo Antonio, marchinha junina gravada há 82 anos, por Carmem Miranda. A música é muito tocada no Sudeste, onde a inadimplência junto ao Ecad é muito pequena.  


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