A Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte) dá início, nesta quarta-feira (4), a sua 19ª edição. Com um dia a mais por conta dos jogos da Copa do Mundo da Rússia, a maior feira do gênero na América Latina abre suas portas para o público a partir das 14h, no Centro de Convenções de Pernambuco. Com 800 estandes, o evento vai funcionar de hoje até o dia 15 de julho, um domingo. Os ingressos custam R$ 10 e R$ 5 (meia) nos dias úteis e R$ 12 e R$ 6 (meia) nos finais de semana.
O grande homenageado da Fenearte 2018 é uma figura indissociável da cultura popular pernambucana: o Mestre Salustiano. Ele vai ser lembrado com o espaço Legado Mestre Salu, que vai trazer os figurinos e os estandartes do Maracatu Piaba de Ouro, vídeos sobre a vida do rabequeiro e peças do acervo familiar, como seus instrumentos. Além disso, Salustiano está presente na cenografia, criada pela empresa Carlos Augusto Lira Arquitetos, que celebra o seu imaginário e traz fotografias que representam os canaviais.
No meio da feira, uma escultura chama a atenção de quem passa. Trata-se da Praça Mestre Salu. Batizada de "Mestre Salustiano: Salu e a brincadeira da ciranda nordestina", o espaço tem elementos que lembram o movimento da dança e do mar. O espaço de convivência foi idealizado pelos alunos do curso de design de interiores e arquitetura e urbanismo da faculdade Esuda.
São mais de cinco mil artistas e expositores envolvidos no funcionamento da Fenearte. Segundo a organização, a expectativa é de um movimento de R$ 43 milhões em negócios, além de uma estimativa de circulação de 300 mil pessoas. Expositores de todos os estados brasileiros e de outros 22 países marcam presença na feira.
Os dois mestres convidados da edição são Juão de Fibra, de Goiás e Brasília, e Lupércio dos Anjos, do Mato Grosso. O primeiro trabalha com o trançado do capim colonião, unido com outras fibras. Lupércio é famoso por suas lamparinas artesanais, que ele mesmo pinta, e outros objetos como cestas e matracas.
A Fenearte conta também com os já estabelecidos Salão de Arte Popular, em sua 14ª edição, Salão de Arte Popular Religiosa, em sua terceira, e Galeria de Reciclados, que acontece pela 12ª vez. São 70 obras expostas em cada um dos dois primeiros, com curadoria, respectivamente, do colecionador Carlos Augusto Lira e do Frei Rinaldo Pereira. A mostra de reciclados tem seleção do designer Ticiano Arraes.