Museu do Homem do Nordeste realiza debate sobre representatividade negra

O evento conta com a presença da antropóloga Mary Kenny, professora da Universidade de Connectcut - EUA, além de outros pesquisadores
JC Online
Publicado em 04/08/2018 às 18:12
O evento conta com a presença da antropóloga Mary Kenny, professora da Universidade de Connectcut - EUA, além de outros pesquisadores Foto: Foto: JC Imagem


Quando pensamos na história da população afrodescendente, qual é a primeira associação que nos vem à cabeça? Este é um dos questionamentos centrais que norteiam o debate A representatividade negra nos museus brasileiros e espaços educativo-culturais, que acontece nesta segunda-feira (6/8), às 13h30, no Museu do Homem do Nordeste (Muhne).

O evento, que conta também com performance do pesquisador, teatrólogo e artista Cleyton Nóbrega, é parte do Museu Educador, projeto que busca agregar trocas de conhecimento entre arte-educadores, professores, museólogos, artistas e pessoas interessadas. O debate é gratuito e não necessita de inscrição prévia (os participantes receberão uma declaração de comparecimento). Além de Cleyton, também compõem a mesa de debates a antropóloga americana Mary Kenny (Eastern Connecticut State University - EUA), Jefferson Souza (pesquisador da Fundaj) e o historiador e professor Cláudio de Oliveira Jr.

Declaração

“O nosso museu, assim como muitos outros, traz um tipo de representatividade negra que poderia ser ampliada. A estratificação do processo de colonização é algo que se replica nos livros didáticos, no material que está disponível nas bibliotecas, na internet. É como se durante 350 anos só tivessem existido senhores de engenho e escravos no Brasil”, explica Isabelle França, educadora do Museu do Homem do Nordeste e uma das organizadoras do debate.

“Existe uma parcela da pirâmide que não é falada, sejam os brancos pobres, seja a história das mulheres, das crianças, dos idosos e a dos negros que ascendem. A gente tem poetas, intelectuais, doutores em humanidades, médicos e até mesmo mercadores negros que não aparecem na nossa expografia, nem de forma tão clara nos livros que as crianças usam na escola", complementa Isabelle.

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