Piotr Verzilov, ativista do grupo russo Pussy Riot, foi vítima "muito provavelmente" de um envenenamento com uma substância desconhecida, mas está fora de perigo - afirmou seu médico alemão nesta terça-feira (18).
Os exames médicos feitos em Berlim e em Moscou sugerem "muito provavelmente um caso de envenenamento", indicou Kai-Uwe Eckardt, um médico do Hospital Beneficente de Berlim.
"Está fora de perigo", acrescentou, embora continue em tratamento intensivo. Está consciente e consegue falar.
O ativista de 30 anos, que também tem nacionalidade canadense, havia chegado a Berlim em um estado classificado de "grave", a bordo de um avião na madrugada de domingo. Estava acompanhado por membros de sua família, procedente de um hospital de Moscou.
Seu entorno denunciou uma tentativa de envenenamento por ter invadido o campo durante a final do Mundial de futebol na Rússia.
"Parto do princípio de que foi vítima de um ato de intimidação, incluindo uma tentativa de assassinato" por envenenamento, declarou ao "Bild" sua mulher, Nadeja Tolokonnikova, da qual está separado.
Segundo Eckardt, "os sintomas que sofre podem ter sido provocados por uma incrível diversidade de substâncias", entre elas plantas, ou diversos tipos de drogas.
A possibilidade de conseguir determinar a natureza dessas substâncias "não é muito elevada", admitiu, já que as análises foram realizadas seis dias depois do envenenamento.