Os preços do barril de petróleo subirão rapidamente, mas sem recuperar o nível anterior à recente queda das cotações, em consequência de uma demanda moderada, afirmou a Agência Internacional de Energia (AIE).
"O processo de reequilíbrio do mercado começará de maneira relativamente rápida, mas o alcance será relativamente limitado, com preços inferiores aos picos dos três últimos anos", afirma a AIE em um relatório sobre o mercado a médio prazo.
A agência se baseia na evolução dos preços de futuros no mercado petroleiro, com 55 dólares o barril em 2015 e 73 dólares em 2020.
Desde junho, o barril de petróleo caiu de quase 110 dólares a menos de 50. Nos últimos dias superou a barreira dos US$ 50.
A queda de 60% desde junho foi motivada por uma demanda frágil e um excesso de oferta, alimentada em grande parte pela produção de petróleo de xisto na América do Norte.
O mercado aposta agora em uma redução da produção a médio prazo, depois que as empresas petroleiras cortaram os investimentos para enfrentar a queda dos preços, o que limita a rentabilidade de muitos projetos.
A demanda crescerá em média 1,1 milhão de barris por dia (mbd), segundo as previsões da AIE, e alcançará 99,1 mbd em 2020, contra 92,4 mbd em 2014.
Para 2015, a previsão de demanda da AIE é de um leve aumento a 93,4 mbd.
Ao mesmo tempo, a produção deve registrar uma desaceleração: a oferta deve aumentar a cada ano em 860.000 barris por dia, resultado muito menor que o registrado em 2014 (1,8 mbd).