O desemprego na América Latina e Caribe subirá 6,2% em 2015, 2% acima do ano anterior, impulsionado pela desaceleração econômica enfrentada na região, segundo previsões divulgadas nesta quarta-feira pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal).
"O cenário econômico pouco alentador para este ano provocará um leve aumento na taxa de desemprego regional até 6,2% em 2015 depois dos 6,0% em 2014, segundo estimativas da Cepal e da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O prognóstico de expansão para a região de apenas 1% "debilitaria a demanda de trabalho e, portanto, a geração de emprego assalariado. Estima-se, assim, uma queda na taxa de ocupação urbana", explicou o relatório.
"Esse cenário não é muito alentador para a busca de progressos sustanciais que ajudem a alcançar melhoras em termos de pobreza e desigualdade", afirmou Alicia Bárcena, secretária-executiva da Cepal, um organismo técnico das Nações Unidas com sede em Santiago.
O informe destacou a ampliação da proteção social em um contexto de elevada informalidade na região, uma condição "indispensável" para avançar na região mais desigual do mundo.
Em abril, a Cepal rebaixou suas estimativas de crescimento para a região de 2,2% a 1%, devido ao menor crescimento mundial e o fim do "super ciclo" do preço dos bens primários, que afeta a vários países da região.