A OCDE reduziu nesta segunda-feira (9) suas previsões de crescimento mundial para 2015 e 2016, como já havia feito em setembro, e se declarou profundamente preocupada com a fragilidade do comércio internacional, no qual a China tem um papel fundamental.
Segundo as novas previsões, o Brasil também sofreu uma nova redução em suas expectativas de crescimento.
A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico espera agora um crescimento de 2,9% para este ano, contra os 3,0% anteriores, e de 3,3% para o próximo ano, contra 3,6%.
Em 2017, o crescimento se acelerará um pouco, a 3,6%, segundo a primeira revisão realizada pela OCDE para esse ano.
A economista chefe da OCDE, Catherine Mann, recorda na introdução do relatório sobre a conjuntura de outono (hemisfério norte) que "um comércio sólido e o crescimento mundial vão de mãos dadas", mas que, depois de alguns anos medíocres, os intercâmbios comerciais "parecem estagnados e, inclusive, declinaram desde o final de 2014".
"É algo profundamente preocupante. A China parece estar no centro disso", acrescenta.
A OCDE mantém, apesar de tudo - ou inclusive melhora levemente -, as previsões sobre a China, onde espera um crescimento de 6,8% para este ano (contra 6,7% nas previsões de setembro), e depois de 6,5% em 2016 (sem alterações) e de 6,2% em 2017 (primeira estimativa).
Em relação a outro grande país emergente, o Brasil, o organismo voltou a reduzir as expectativas de crescimento: o país sofrerá em 2015 uma recessão de -3,1% (-2,8% previsto em setembro), depois de -1,2% em 2016 (-0,7% na previsão passada), antes de recuperar-se em 2017 (+1,8%, primeira estimativa).
Quanto às economias desenvolvidas, os Estados Unidos crescerão 2,4% este ano, 2,5% em 2016 e 2,4% em 2017.