Dólar fecha em queda de olho em ajuste fiscal e juros nos EUA

O dólar à vista, referência no mercado financeiro, recuou 0,49%, para R$ 3,790 na venda
Da Folhapress
Publicado em 18/11/2015 às 18:37
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, recuou 0,49%, para R$ 3,790 na venda Foto: Foto: Marcos Santos/ USP Imagens


O dólar fechou em queda sobre o real nesta quarta-feira (18), após o Congresso ter mantido o veto da presidente Dilma Rousseff ao reajuste dos servidores do Judiciário e à extensão das regras do salário mínimo a todas as aposentadorias, o que poderia agravar o deficit nas contas públicas do país.

Os investidores também operaram à espera da ata da última reunião do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos). O documento, divulgado logo após o fechamento dos mercados no Brasil, reforçou a possibilidade de aumento dos juros americanos em dezembro.

O dólar à vista, referência no mercado financeiro, recuou 0,49%, para R$ 3,790 na venda. Já o dólar comercial, utilizado em transações de comércio exterior, caiu 0,68%, para R$ 3,791. Entre as 24 principais moedas emergentes do mundo, o dólar perdeu força sobre oito.

No exterior, a ata da última reunião de política monetária do Fed corroborou apostas do mercado de elevação da taxa de juros dos Estados Unidos ainda neste ano. A avaliação é que a alta dos juros deve provocar uma fuga de recursos aplicados em países emergentes para os Estados Unidos, encarecendo o dólar.

Isso porque a mudança deixaria os títulos do Tesouro americano, cuja remuneração reflete a taxa, mais atraentes que aplicações em emergentes, considerados de maior risco.

O Banco Central do Brasil deu continuidade nesta quarta-feira (18) aos seus leilões diários de swaps cambiais para estender os vencimentos de contratos que estão previstos para o mês que vem. A operação, que equivale a uma venda futura de dólares, movimentou US$ 585,4 milhões.

No mercado de juros futuros, as taxas dos contratos acompanharam o câmbio e fecharam majoritariamente em queda na BM&FBovespa. O contrato de janeiro de 2016 caiu de 14,190% para 14,186%. Já o DI para janeiro de 2021 apontou taxa de 15,510%, ante 15,590% na sessão anterior.

AÇÕES EM ALTA

O principal índice da Bolsa brasileira fechou em alta nesta quarta-feira, acompanhando o bom humor dos mercados acionários em Nova York. O Ibovespa subiu 0,40%, para 47.435 pontos. O volume financeiro foi de R$ 5,9 bilhões.

A alta das ações preferenciais da Petrobras, mais negociadas e sem direito a voto, ajudou o índice a fechar no azul. Esses papéis ganharam 0,77%, para R$ 7,82 cada um. Já as ações ordinárias da estatal, com direito a voto, avançaram 1,06%, para R$ 9,52.

Também colaborou para o desempenho positivo do Ibovespa o avanço de algumas ações do setor bancário. Este é o segmento com maior peso dentro do índice. O Bradesco viu sua ação preferencial se valorizar 0,80%, a R$ 22,68, enquanto o Banco do Brasil teve alta de 0,74%, para R$ 17,74. Na contramão, o Itaú recuou 0,24%, a R$ 28,54.

As ações da mineradora Vale tiveram uma sessão instável. Depois de subirem mais de 2% ao longo do dia, os papéis preferenciais fecharam em queda de 0,91%, a R$ 11,96, enquanto os ordinários tiveram valorização de 0,48%, a R$ 14,59.

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