Dólar tem dia de oscilações reduzidas e fecha em baixa de 0,68%

Esta terça-feira (26), foi amena no mercado de câmbio, onde o dólar à vista oscilou em pequeno intervalo e fechou cotado a R$ 3,5246
Estadão Conteúdo
Publicado em 26/04/2016 às 18:51
Esta terça-feira (26), foi amena no mercado de câmbio, onde o dólar à vista oscilou em pequeno intervalo e fechou cotado a R$ 3,5246 Foto: Foto: Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas


Esta terça-feira (26), foi amena no mercado de câmbio, onde o dólar à vista oscilou em pequeno intervalo e fechou em baixa de 0,68%, cotado a R$ 3,5246. Apesar da expectativa em torno da política no Brasil e da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), nesta quarta (27), o viés para o dólar foi negativo durante toda a sessão. 

Contribuiu para isso o fato de o Banco Central, pelo segundo dia, não anunciar nenhuma operação de swap cambial reverso (equivalente à compra de dólares no mercado futuro). Além disso, no exterior, o dólar cedia ante várias divisas de exportadores de commodities e emergentes, em meio à expectativa de que, no encontro desta quarta (27), o banco central americano não altere sua taxa de juros, atualmente na faixa entre 0,25% e 0,50%.

Alguns dados divulgados pela manhã nos EUA - como as encomendas de bens duráveis (+0,8% em março, abaixo da previsão de +1,7%) e a atividade industrial do Fed de Richmond (queda a 14 em abril, ante 22 em março) - fortaleceram a ideia de que o Fed não tende a subir juros nem na reunião seguinte (junho). Isso também justificava a baixa do dólar. Em paralelo, o petróleo tinha ganhos firmes em Londres e em Nova York. 

Para profissionais ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, os investidores se mantiveram, pelo segundo dia, em compasso de espera. Tanto a decisão do Fed quanto os desdobramentos do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff são fatores com potencial, na visão do mercado, para impulsionar as apostas na moeda americana, para um lado ou para outro. No caso do impeachment, a ansiedade gira em torno dos nomes que poderão ocupar o ministério em um eventual governo Temer. 

No Senado, destaque para a indicação do tucano Antonio Anastasia como relator do impeachment na comissão especial da Casa. "O plano de trabalho foi concebido exatamente para permitir que houvesse, de maneira muito salutar, a fala tanto daqueles que acusam quanto daqueles que defendem. O prazo foi determinado pelo presidente e vai se concluir na próxima sexta-feira, 6, com a votação do parecer", confirmou o senador.

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