As principais bolsas europeias fecharam em baixa nesta segunda-feira (31). As petroleiras estiveram pressionadas diante do recuo do petróleo, e os índices acionários também reagiram a alguns indicadores modestos do continente. Além disso, incertezas em torno da eleição presidencial nos EUA também pesaram.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 0,50%. A bolsa de Londres terminou em baixa de 0,60%, aos 6.954,22 pontos; Paris caiu 0,86%, aos 4.509,26 pontos, e Frankfurt perdeu 0,29%, aos 10.665,01. A bolsa de Milão cedeu 1,15%, 17.125,05 pontos; Madri caiu 0,63%, aos 9.143,30 pontos, e Lisboa recuou 0,52%, aos a 4.651,93 pontos.
O petróleo teve um dia negativo, em meio a dúvidas sobre se sairá ou não um acordo para conter a produção e impulsionar os preços da commodity. Diante das ressalvas dos analistas sobre a viabilidade da iniciativa da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para fechar um acordo que seja viável e cumprido pelos membros, os preços do barril estiveram pressionados. Com isso, as companhias do setor foram afetadas. Os papéis da BP, por exemplo, caíram 0,43% em Londres.
Além disso, alguns indicadores modestos foram divulgados mais cedo. Na zona do euro, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,3% no terceiro trimestre ante o anterior, como esperado pelos analistas, e o índice de preços ao consumidor subiu 0,5% na prévia de outubro ante igual mês de 2015, abaixo da previsão de +0,6% dos economistas. Na Alemanha, as vendas no varejo tiveram queda de 1,4% em setembro ante agosto e contrariaram a previsão de alta de 0,2%.
Outro fator que pesou nos negócios foram as incertezas em torno da eleição presidencial no EUA. Na última sexta-feira, o FBI informou - enquanto os mercados na Europa já estavam fechados - que reabriu as investigações sobre os e-mails da candidata democrata à presidência dos EUA, Hillary Clinton. Segundo a agência de investigação americana, serão analisados e-mails adicionais que surgiram com relação ao uso de um servidor privado por Hillary quando ocupava o cargo de secretária de Estado. Com isso, a disputa entre a democrata e republicano Donald Trump deve ficar ainda mais acirrada, o que tem gerado um temor nos mercados dada a incerteza em torno da política fiscal do bilionário.