O presidente Michel Temer (PMDB) prometeu empenho nas negociações por um acordo de livre comércio entre o Mercosul e o Líbano. Em discurso proferido na noite desta segunda-feira (10) em jantar no clube Monte Líbano, onde recebeu homenagens de instituições líbano-brasileiras, Temer disse que vai se esforçar "muitíssimo" nas negociações entre as partes. "Ficou paralisado durante um tempo, mas quero agora incrementar [a negociação]", afirmou o presidente.
Descendente de libaneses, o peemedebista fez um discurso em que ressaltou os laços de um século entre o Brasil e o Líbano, lembrou da origem de sua família e disse que as interações comerciais e políticas dos dois países estão avançando permanentemente.
"Se me permitem, quero lhes falar do sentido que vejo nessa celebração. O que celebramos não é apenas um descendente de libanês na Presidência, celebramos uma obra coletiva, que é também da comunidade libanesa. Uma obra coletiva chamada Brasil. Somos milhões de descendentes em nosso país", afirmou o presidente.
Temer assinalou que o Brasil é fruto do empreendedorismo de imigrantes que vieram dos "quatro cantos do mundo" para construir "uma nova vida, um novo País". "Mais do que ajudou, a comunidade libanesa foi protagonista dessa obra plural, que somos nós. Pelo esforço de milhões de libaneses, o Brasil se fez brasileiro", afirmou o presidente.
O presidente Michel Temer aproveitou uma homenagem recebida da comunidade libanesa, em São Paulo, para manifestar solidariedade à Síria e reforçar a mensagem de que as portas do Brasil estão abertas a refugiados daquele país.
"Quero expressar aqui uma preocupação com a Síria. Rogo a Deus que iluminem todos aqueles que habitam a Síria, governantes e governados, e as nações do mundo todo, particularmente os integrantes da Organização das Nações Unidas, para que logo tenhamos paz naquele nosso país vizinho e que de alguma maneira tem no Líbano o agasalho para muitos refugiados sírios", afirmou o presidente, em discurso durante jantar em sua homenagem organizado pela comunidade libanesa em São Paulo.
Temer reiterou que o Brasil está aberto a refugiados sírios, repetindo um discurso feito na ONU.