A economia da Coreia do Norte registrou em 2016 seu maior crescimento nos últimos 17 anos mediante um aumento de suas exportações e isso apesar das sanções internacionais, informou o Banco Central da Coreia do Sul (BOK).
O PIB norte-coreano cresceu 3,9% em 2016, a taxa de crescimento mais elevada desde 1999, ano em que o aumento do PIB foi de 3,1%, indicou o BOK.
O governo norte-coreano não publica nenhuma estatística oficial e as estimativas anuais do BOK se baseiam em dados compilados por organismos públicos e privados sul-coreanos.
A Coreia do Norte, submetida a várias sanções internacionais por seu programa nuclear e balístico, depende da China, seu principal aliado e sócio comercial, para suas importações de combustível e suas exportações de minerais.
Segundo as estimativas do BOK, a produção mineradora norte-coreana, que representa 12,6% do PIB, aumentou 8,4% em 2016.
A produção da indústria pesada e química aumentou, por sua parte, 6,7% e as exportações globais cresceram 4,6%.
Em fevereiro passado, a China suspendeu as importações de carvão norte-coreano, mas continua importante outras matérias-primas, como o minério de ferro, o que ajuda muito a Coreia do Norte.
Mas o PIB norte-coreano cresceu também devido a uma tolerância cada vez maior em relação à iniciativa privada e à proliferação de pequenas empresas, em particular particular de comércio de produtos provenientes da China.
Uma liberalização relativa que se impôs devido às carências catastróficas do regime durante a fome dos anos 1990.
Especialistas avaliam que o setor privado poderá representar entre 25% e 50% do PIB de Coreia do Norte.