Após quatro altas seguidas, para R$ 3,5977 na quarta-feira (9), o dólar à vista abriu em baixa, em meio a uma aparente realização de ganhos recentes no exterior, que enfraquece dólar e juros dos Treasuries, apesar da persistente valorização do petróleo. O ajuste de baixa da divisa americana acelerou na manhã desta quinta-feira, 10, lá fora e aqui também, com o dólar à vista renovando mínimas, em reação aos dados de inflação ao consumidor americano (CPI) de abril abaixo das estimativas dos analistas, suavizando parte da pressão por mais aumentos de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
O CPI subiu 0,2% em abril ante março, ante previsão +0,3%, enquanto o núcleo do indicador avançou 0,1%, também inferior à estimativa de +0,2%. Em Nova York, os índices futuros das bolsas passaram a subir.
Mais cedo, a queda da moeda norte-americana acompanhou o recuo do juro da T-Note 10 anos abaixo dos 3% do fechamento anterior. Às 9h47, o rendimento da T-Note 10 anos estava em 2,9694%.
Também pesa o recuo dos juros futuros, que precificam a alta de 0,22% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril abaixo do resultado de março (0,09%) e no piso do intervalo das projeções do mercado (0,22% a 0,34%). O IPCA acumulado no ano até abril (0,92%) também é o menor do Plano Real, desde julho de 1994.
Em reação, as taxas devolvem prêmios acumulados nos últimos dias, na esteira das avaliações de investidores de que o dólar flertando o patamar dos R$ 3,60 poderia justificar alteração no rumo da política monetária já na reunião da próxima semana. No entanto, o indicador oficial de inflação veio reforçar a sinalização do presidente do BC, Ilan Goldfajn, de que a Selic pode cair mais 0,25 ponto, para 6,25% na próxima quarta-feira, disse um operador de câmbio. .
Às 9h50, o dólar à vista cedia 0,94%, aos R$ 3,5638. O dólar futuro de junho caía 0,81%, aos R$ 3,570.
Em Nova York, o dólar recuava a 109,48 ienes, de 109,73 ienes no fim da tarde de quarta, e o euro avançava a US$ 1,1914, de US$ 1,1856, enquanto o rendimento da T-note de 10 anos diminuía a 2,9713%.
Na renda fixa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 estava em 6,265%, de 6,295% no ajuste de quarta. O DI para janeiro de 2020 caía a 7,23%, de 7,34%, enquanto o vencimento para janeiro de 2021 cedia para 8,29%, de 8,44% no ajuste anterior. Já o DI para janeiro de 2023 recuava para 9,52%, de 9,68% no ajuste de quarta.