Gustavo Franco diz que contas fiscais estão desarrumadas

O comentário foi feito após ser questionado a respeito da análise do FMI, que apontou que a situação das contas externas do Brasil é moderadamente frágil e corre o risco de se deteriorar rapidamente
Carolina Sá Leitão
Publicado em 30/07/2014 às 22:54


O ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco disse nesta quarta-feira (30) que as contas fiscais estão desarrumadas e há certo desleixo com relação a esse assunto, o que é "inaceitável".

"O Brasil exibe uma vulnerabilidade, sobretudo fiscal, muito grande, as contas fiscais estão desarrumadas e há certo desleixo com relação a esse assunto, que é inaceitável do meu ponto de vista", disse Franco, que participou do debate Vinte Anos Depois do Real: O Debate Sobre o Futuro do Brasil, realizado na Casa do Saber, no Rio.

O comentário foi feito após ser questionado a respeito da análise do Fundo Monetário Internacional (FMI), que apontou que a situação das contas externas do Brasil é moderadamente frágil e corre o risco de se deteriorar rapidamente, em um cenário de acentuada e prolongada queda no preço das commodities.

Para Franco, o FMI faz análises baseadas em indicadores objetivos. "São análises que conferem com muito do que se fala por aqui, entre os economistas." 

Na visão do ex-presidente do BC, concordam com o diagnóstico do FMI "analistas de mercado, analistas internacionais, agências de rating e organizações multilaterais". "O FMI não é uma voz isolada nesse assunto. Quem é a voz isolada é o nosso ministro", acrescentou.

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