A dívida líquida do setor público subiu para 35,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em agosto ante 35,4% de julho. Em dezembro de 2013, estava em 33,6% do PIB. A dívida do governo central, governos regionais e empresas estatais terminou o mês passado em R$ 1,812 trilhão, segundo o Banco Central.
Já a dívida bruta do governo geral encerrou o mês passado em R$ 3,034 trilhões, o que representou 60,1% do PIB. Em julho, essa relação estava em 59,5% e, em dezembro do ano passado, em 56,7%. De acordo com o BC, a elevação da dívida líquida foi influenciada pelos juros nominais apropriados e a valorização cambial de 4,4% no ano. Esses dois elementos contribuíram para elevar a relação, na ordem, em 3,3 pontos porcentuais. e 0,6 ponto porcentual. do PIB.
Em sentido contrário, o crescimento do PIB nominal, o superávit primário e o reconhecimento de ativos contribuíram para reduzir a relação em 1,3 ponto porcentual., 0,2 ponto porcentual. e 0,1 ponto porcentual. do PIB, respectivamente.
Toda a contribuição do Governo Central nas contas públicas no acumulado do ano até agosto foi de um superávit de apenas R$ 1,524 bilhão. Isso significa uma participação de somente 0,05% do PIB, segundo o BC. O Tesouro Nacional, que faz outro tipo de cálculo, registrou um superávit de R$ 4,675 bilhões nos oito primeiros meses do ano. A diferença entre as duas formas de contabilização (acima e abaixo da linha) é, portanto, de R$ 3 151 bilhões. A meta perseguida pelo Tesouro para o ano é de R$ 80,8 bilhões, enquanto a do BC é de R$ 99 bilhões.
DÉFICIT NOMINAL - O déficit nominal do setor público consolidado em agosto, de R$ 31,476 bilhões, é o pior resultado para o mês de agosto desde 2002. A série de contas públicas do BC teve início em dezembro de 2001. Esse resultado só é melhor que julho de 2014 (déficit de R$ 32,710 bilhões), maio de 2014 (- $32,443 bilhões) e dezembro de 2008 (- R$ 38,166 bilhões).