Caffarelli: País não perdeu a credibilidade no exterior

Há, conforme o secretário, uma série de desafios pela frente, mas também oportunidades que ele citou como "excelentes"
Karol Albuquerque
Publicado em 28/10/2014 às 14:00


O Brasil tem fundamentos e o mercado internacional continua acreditando no País, de acordo com o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Paulo Rogério Caffarelli. Como exemplo, ele citou reservas de US$ 375 bilhões, dívida líquida "baixa" correspondente a 35,9% Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, continuidade do investimento estrangeiro entrando no País, sendo US$ 66 bilhões neste ano, mesmo patamar de 2010, quando o crescimento do País foi bastante significativo. Há, conforme o secretário, uma série de desafios pela frente, mas também oportunidades que ele citou como "excelentes".

"O mais importante é que temos uma política fiscal forte e por meio de uma política fiscal forte poderemos interagir com demais políticas, fazer com que os juros possam convergir para patamar internacional, que a inflação saia do teto e venha para parte central. As demais questões são consequências", disse ele, em evento de seguros e previdência, organizado pela FenaPrevi. Caffarelli destacou ainda a necessidade de fortalecer a política industrial brasileira, vislumbrando as exportações e o pleno emprego.

Sobre infraestrutura, ele disse que o nome do jogo, o grande ator para o desenvolvimento deste setor será o mercado de capitais brasileiro, ressaltando a necessidade da maior participação desta fonte de recursos para financiar os projetos. Além disso, segundo ele, a infraestrutura deve contar com participação acentuada de poupança interna e investimento estrangeiro para se desenvolver.

Em relação ao setor de seguros, o secretário da Fazenda afirmou que vê crescimento exponencial do segmento. Segundo ele, o seguro de pessoas mais previdência vai fazer parte da pauta dos bancos brasileiros e há o "desafio feliz" da longevidade e questão atípica da migração das classes da população. "Além do consumo, com migração social, pessoas estão tendo acesso à proteção financeira. Vejo crescimento exponencial do mercado de seguros", concluiu Caffarelli.

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