Racionamento levará a superavit menor, diz banco

A queda virá da arrecadação de tributos vinculados à rentabilidade das empresas e ao mercado de trabalho
Folhapress
Publicado em 05/02/2015 às 20:45
A queda virá da arrecadação de tributos vinculados à rentabilidade das empresas e ao mercado de trabalho Foto: Foto: Marcos Santos /USP Imagens


Um eventual racionamento de energia deve fazer com que o governo adie o cumprimento das metas fiscais, segundo relatório do banco Credit Suisse. O documento, divulgado aos clientes nesta quinta-feira (05), afirma que a probabilidade de que haja racionamento é agora de 53,6% -a previsão anterior do banco era de 40%.

Se a restrição de energia tiver de ser imposta neste ano, haverá uma contração maior que a prevista na economia, reduzindo as receitas tributárias do governo, diz o Credit Suisse. A queda virá da arrecadação de tributos vinculados à rentabilidade das empresas e ao mercado de trabalho, já que o desemprego deve subir.

O banco diz ainda que o governo pode decidir adotar medidas para reduzir os custos sociais de uma recessão.

Dessa forma, num cenário de racionamento, o Credit Suisse acredita que o superavit primário -a economia para o pagamento dos juros da dívida pública- seria de somente 0,2% do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano. A meta do governo é poupar 1,2% do PIB.

 

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