Os revendedores de veículos usados não terão mais de transferir os carros que adquirem para o nome de suas empresas, o que cortará custos e, de acordo com entidades do setor, diminuirá os preços.
Apresentada nesta segunda-feira (31), a mudança permite que lojistas comprem veículos e os relacionem como estoque. Isso será possível por meio do Renave (Registro Nacional de Veículos em Estoque), um sistema eletrônico que vai extinguir o livro físico de registro e viabilizar o lançamento das informações de entrada e saída de veículos diretamente no órgão de trânsito responsável.
Segundo o ministro Afif Domingos (Micro e Pequena Empresa), a economia será de R$ 980 por negociação. A soma inclui custos de transferência, como gastos com despachante, e de capital, já que atualmente a regularização dos veículos dura entre dez e 15 dias.
O presidente da Fenauto (Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores), Idílio dos Santos, disse que a mudança irá se refletir nos preços dos carros usados. "Os preços vão sem dúvida melhorar para o consumidor final. Todos os custos que atingem o revendedor impactam no preço do veículo usado", afirmou Idílio.
Em nota, Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), elogiou a mudança. "O Brasil precisa de mais medidas de desburocratização como essa. Tenho a certeza de que ao simplificar e tornar mais ágil e seguro o processo de transferência de veículos usados, ganham todos, principalmente os consumidores", disse.