FGV: gastos com lazer para o Dia da Criança sobem acima da inflação

O grupo gastos com lazer teve aumento real, isto é, acima da inflação, de 10,14%, superando o IPC de 9,65% no período
Da ABr
Publicado em 08/10/2015 às 21:16
O grupo gastos com lazer teve aumento real, isto é, acima da inflação, de 10,14%, superando o IPC de 9,65% no período Foto: Foto: Reprodução/Internet


Pesquisa divulgada nesta quinta (8) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) revela que o Dia da Criança pode acabar pesando no bolso dos pais, porque a parte de serviços, que envolve almoço ou lanche fora de casa e entretenimento, como cinema, teatro e shows, subiu mais que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) nos 12 meses compreendidos entre outubro de 2014 e setembro deste ano. O grupo gastos com lazer teve aumento real, isto é, acima da inflação, de 10,14%, superando o IPC de 9,65% no período, informou o economista da FGV, André Braz.

Braz diz que os pais vão ter que usar mais a criatividade para não privar muito os filhos de ter um dia agradável no Dia da Criança, que se comemora em 12 de outubro. “Em geral, quem decidir pelo lazer em shopping, vai pagar muito mais caro. O ideal é privilegiar o lazer gratuito: praia, praça. Dessa forma, a criança pode ter um dia agradável, sem que os pais tenham um comprometimento maior do orçamento”, sugeriu.

Dentro do grupo gastos com lazer, Braz salientou os aumentos registrados para salas de espetáculo (19,46%), sanduíches (12,20%) e sorvetes fora de casa (11,67%).

Em relação a presentes, a variação média dos preços apresentou alta de 4,68%. Destaque para o crescimento de 8,38% nos preços das bonecas e para a queda de 0,86% nos preços de aparelhos de televisão. “Os presentes estão com a variação média mais baixa que a inflação, mas a gente tem que ter um pouco de cuidado, porque tem itens que têm preço muito alto, o que força os pais a pegar parcelamento, financiamentos e as taxas de juros estão muito elevadas”, alertou.

O ideal, para Braz, é que os pais evitem parcelamentos de longo prazo.  “Como o mercado de trabalho não está muito atraente e a taxa de desemprego está subindo, é melhor que as famílias se previnam e contraiam menos dívidas de longo prazo”. Por isso, ele recomendou que os pais devem dar preferência para presentes de menor valor, que comprometem menos o orçamento.

Para os que quiserem dar roupas para os filhos, a alta apurada de 3,83% ficou abaixo da inflação acumulada em 12 meses, o que não ocorreu em relação aos preços dos calçados, que subiram 10,75%. No total de todas as despesas relativas ao Dia da Criança, a variação média apurada pela FGV alcançou 9,19%.

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