O dólar à vista sobe desde a abertura nesta segunda-feira (23), seguindo o comportamento observado no exterior. A moeda norte-americana também avança perante diversas moedas de países emergentes e de economias ligadas a commodities, assim como em relação ao euro e ao iene. A valorização ocorre em meio à queda de preços de commodities e após novas declarações favoráveis à alta dos juros de autoridades do Federal Reserve.
Os investidores estão à espera da segunda estimativa do PIB do terceiro trimestre nos EUA amanhã. A alta da moeda americana em relação ao euro acontece em meio à possibilidade de o Banco Central Europeu (BCE) adotar mais medidas de relaxamento monetário em dezembro.
Às 8h23, o dólar à vista no balcão estava cotado a R$ 3,7270 (+0,58%). No mercado futuro, o contrato para dezembro subia 0,15%, a R$ 3,7375. Na sexta-feira, 20, o mercado futuro da BM&FBovespa ficou fechado em função do feriado da Consciência Negra, mas o mercado à vista operou com poucos negócios. O dólar à vista oscilou em queda durante todo o dia, em um ambiente de liquidez reduzida. O dólar à vista terminou cotado em R$ 3,7055, em baixa de 0,63%.
Mais cedo, o BC divulgou novas mudanças nas expectativas dos analistas de mercado quanto a PIB, câmbio, entre outros indicadores. De acordo com o Relatório de Mercado Focus, o dólar deve chegar ao final deste ano cotado a R$ 3,95, e não mais em R$ 3,96 como era o esperado até a semana passada. Para o encerramento de 2016, a mediana das estimativas para o dólar seguiu em R$ 4,20 pela quarta semana seguida.
A perspectiva de retração do Produto Interno Bruto (PIB) do ano que vem passou de 2,00% para 2,01%, segundo o Focus. Para 2015, a perspectiva de contração aumentou de 3,10% para 3,15% - um mês antes estava em queda de 3,02%.
Sobre a atividade econômica no Brasil, a FGV divulgou mais um dado desalentador. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) apurado na prévia da sondagem de novembro caiu 2,50% na comparação com o resultado final de outubro, de 76,2 pontos para 74,3 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria atingiu 74,7% em novembro. O resultado, já livre de influências sazonais, é menor do que o apurado no dado final da sondagem de outubro, que foi de 74,9%.