O dólar à vista no balcão inicia a segunda-feira (30), em alta consistente, em meio às incertezas nos âmbitos político e fiscal e também na reta final da disputa pela formação da Ptax do mês. O mercado acompanha durante a manhã ainda os desdobramentos da prisão do banqueiro André Esteves, com destaque para a informação de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), teria recebido propina de R$ 45 milhões do BTG Pactual para aprovar emenda em medida provisória que beneficiaria o banco.
Às 8h25, o dólar à vista no balcão tinha valorização de 1,38% ante o real, negociado a R$ 3,8820, depois de abrir em forte alta de 3,08%, a R$ 3,9470.
O comportamento da moeda norte-americana destoa da trajetória vista no exterior, onde a divisa mostra fraqueza ante a maioria das moedas de emergentes e ligadas a commodities. Na BM&FBovespa, o dólar para dezembro era negociado em alta de 0,75%, cotado a R$ 3,8790.
No âmbito fiscal, os investidores processam o corte no Orçamento de 2015 e o congelamento nos gastos do governo em dezembro. O contingenciamento ocorre no último dia para a publicação do novo decreto com a programação orçamentária e financeira do ano e o governo foi obrigado a fazê-lo uma vez que ainda não tem a aprovação do Congresso para entregar um déficit fiscal.