A Bovespa mais uma vez olhou para o exterior para se guiar nesta abertura de pregão doméstico. Assim, começou os negócios em alta, em sintonia com as bolsas europeias e também as commodities. Vale, entretanto, novamente contrariou a valorização do preço do minério de ferro na China, e opera em baixa neste começo de terça-feira, 29.
No exterior, o contrato do petróleo para fevereiro operava, na Nymex, em alta de 0,27%, aos US$ 36,91, às 10h14, enquanto o preço do minério de ferro subiu 2,2% no mercado à vista chinês, para US$ 41,4 a tonelada seca. O Ibovespa subia 0,42%, aos 43 949,07 pontos.
Ainda hoje, o mercado vai digerir o resultado consolidado do setor público, já tendo em mente o desempenho do Governo Central de novembro, divulgado ontem e que mostrou o pior déficit da série histórica. Os números fiscais, entretanto, não devem ter impacto nas ações, que, por outro lado, podem reagir favoravelmente ao anúncio do governo sobre o pagamento integral das pedaladas fiscais.
A trajetória para a Bovespa, mesmo com alguma recuperação hoje, ainda deve ter viés negativo. Ainda mais depois da pressão do PT por uma guinada na política econômica após a mudança do ministro da Fazenda: ontem, o presidente do partido da presidente da República, Rui Falcão, defendeu ousadia na economia e se posicionou contra o aumento da taxa de juros. O governo também recebeu críticas do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que se disse contra as reformas da Previdência e trabalhistas e defendeu liberação de crédito.
Para o mercado, a mudança da política econômica, com afrouxamento do rigor fiscal, é mal vista e tem impacto negativo sobre os ativos.