O ambiente político continua a dar o tom aos negócios no mercado de câmbio nesta sexta-feira (18). O dólar teve uma abertura volátil, depois de fechar ontem com queda acumulada no mês de 8,78%, mas firmou-se em baixa em meio à dispersão de manifestantes contrários ao governo Dilma da Avenida Paulista. A percepção é de que a tensão com a política atual se eleva e dá mais força à chance de a petista ter o mandato interrompido.
A dispersão dos manifestantes ocorreu com a atuação da tropa de choque, que fez uso de bombas de efeito moral e jatos d'água. Eles haviam passado a noite em frente à Fiesp. A dispersão ocorreu porque hoje, às 17 horas, a Paulista será palco de atos favoráveis a Dilma, além do ex-presidente Lula.
Agora, os investidores avaliam declarações do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Em evento promovido pela revista Carta Capital em São Paulo, ele disse na manhã desta sexta ter "plena convicção na democracia para resolver problemas econômicos". "Achamos que é possível estabilizar a economia", emendou, acrescentando que "a estabilização depende do cenário político". "Temos que elevar as reservas externas, para nos proteger de variações cambiais", disse.
Às 9h40, o dólar à vista no balcão recuava 0,39%, a R$ 3,6331, ante abertura a R$ 3,6707 (+0,64%). Já o dólar para abril no mercado futuro subia 0,14%, a R$ 3,6420.