A Petrobras negou ter cancelado ou registrado prejuízo na produção de óleo por falta de gás natural. Em reportagem publicada nessa quarta-feira (23) o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, informou que no balanço financeiro da estatal, publicado na última segunda-feira, a empresa informa que fez uma revisão no planejamento de escoamento de gás "desconsiderando a necessidade de injeção de gás para garantir a produção de óleo", devido à alta demanda do gás para geração térmica. A estratégia da companhia provocou baixa contábil de R$ 6 bilhões referentes a sete campos na Bacia de Campos.
De acordo com o comunicado, as áreas de Espadarte, Linguado, Badejo, Pampo, Trilha, Tartaruga Verde e Tartaruga Mestiça seguem na carteira de projetos da companhia. As baixas relacionadas aos campos, de acordo com a empresa, foram realizadas após testes de imparidade. "Não houve cancelamento ou prejuízo a qualquer um de seus projetos de produção de óleo por carência de gás natural."
"Dentro de seu planejamento produtivo, a Petrobras optou por reinjetar o gás natural existente no sul da Bacia de Campos, no campo de Linguado, como forma de garantir seu armazenamento. Esse gás seria um estoque estratégico para o caso de uma eventual queda na demanda por gás natural no mercado, o que poderia levar a restrições na produção de gás e, consequentemente, na produção de petróleo", explica a nota.