A arrecadação de seguros de pessoas totalizou R$ 7,13 bilhões no primeiro trimestre deste ano, cifra 2,44% maior que a vista 12 meses antes, de R$ 6,96 bilhões, segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) obtidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. O desempenho, segundo o presidente da entidade, Edson Franco, foi positivo diante da retração econômica.
"Mesmo com o cenário adverso, algumas modalidades como seguro viagem, educacional e auxílio funeral tiveram resultados expressivos com expansão de dois dígitos", destaca ele, em nota ao Broadcast.
O seguro de vida, que representa o maior volume do segmento, somou R$ 3 bilhões em prêmios de janeiro a março, alta de 4,7% em relação ao primeiro trimestre de 2015. Na contramão, o prestamista, que garante o pagamento de prestações do titular da apólice em caso de morte, invalidez ou perda involuntária do emprego, encolheu 12,87%, para R$ 1,6 bilhão, na mesma base de comparação, refletindo o baixo apetite para crédito.
Já o seguro de acidentes pessoais, conforme a Fenaprevi, teve expansão de 2,5% no primeiro trimestre de 2016 ante um ano antes e acumulou R$ 1,2 bilhão em prêmios. A modalidade que apresentou maior avanço foi o seguro viagem, com expansão de 110,9% e prêmios de R$ 78,9 milhões. O seguro educacional, impulsionado pelo receio das famílias quanto à capacidade de fazer frente aos custos de educação dos filhos, cresceu 76,8%, totalizando R$ 7,7 milhões.
De acordo com a Fenaprevi, o auxílio funeral somou R$ 112,1 milhões em prêmios nos três primeiros meses de 2016, incremento de 19,8% em um ano. "Auxílio funeral é um dos seguros mais difundidos e com maior penetração entre os consumidores, porque está muito ligado ao conforto dos familiares nestas situações", explica o presidente da Fenaprevi.
No primeiro trimestre, as seguradoras pagaram R$ 2 bilhões em indenizações aos segurados, montante 14% superior em relação a idêntico intervalo do ano passado. Na análise por regiões, São Paulo é o Estado mais representativo para os negócios de seguros de pessoas, concentrando 46,5% do volume de prêmios do período. Rio de Janeiro vem em seguida, com 9,4%, conforme a Fenaprevi. Em terceiro, ficou o Rio Grande do Sul (7,8%), seguido por Minas Gerais (7,3%), Distrito Federal (6,1%) e Paraná (5,9%). Os demais estados têm representatividade menor, inferior a 3%.