Em meio à aversão a risco, Ibovespa fecha em queda de 2,04%

Cautela no mercado motivou queda dos preços das commodities e derrubou papéis de empresas de materiais básicos, como Petrobras e Vale
Estadão Conteúdo
Publicado em 14/06/2016 às 19:13
Cautela no mercado motivou queda dos preços das commodities e derrubou papéis de empresas de materiais básicos, como Petrobras e Vale Foto: Foto: Reprodução/Internet


A aversão a risco vinda do exterior voltou a incentivar as ordens de venda de ações e a Bovespa terminou esta terça-feira, 14, em queda de 2,04%, com o seu principal índice em 48.648,29 pontos. Os investidores operaram atentos ao noticiário vindo da Europa e Estados Unidos e, com a cautela predominante, os preços das commodities caíram e derrubaram papéis de empresas de materiais básicos, como Petrobras e Vale.

O receio quanto aos efeitos negativos de uma eventual saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit) voltou a determinar a queda das bolsas da Europa. Hoje, uma nova pesquisa indicou vantagem, de 7 pontos, dos partidários da saída do país do bloco econômico. O mercado norte-americano também foi afetado pela expectativa em torno do Brexit. Além disso, os investidores aguardam para amanhã a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) e a entrevista coletiva da presidente da instituição, Janet Yellen, que poderá dar pistas sobre quando o Fed vai começar a elevar os juros.

O movimento de aversão a risco voltou a fortalecer o dólar e a enfraquecer as commodities. O minério de ferro teve queda de 1,9% no mercado chinês. A baixa favoreceu as quedas de 3,75% e de 2,48% de Vale ON e PNA, respectivamente. Na mesma sintonia, o petróleo caiu 0,79% na Nymex (US$ 48,49 o barril WTI para julho) e 1,03% na ICE (US$ 49,83 o barril do Brent para agosto). Assim, contribuíram para a desvalorização das ações da Petrobras, que recuaram 3,14% (ON) e 3,71% (PN).

A queda na bolsa brasileira foi generalizada. Entre as 59 ações que compõem a carteira teórica do Ibovespa, apenas Smiles ON escapou do movimento, com tímida alta de 0,65%. Já Usiminas PNA recuou 5,65% e foi a maior queda do Ibovespa, refletindo o desempenho negativo do setor de mineração e siderurgia, bastante sensível a sinais de desaceleração econômica. CSN ON recuou 4,71% e foi a segunda maior perda do índice. Ações dos setores financeiro e elétrico também foram destaque de baixa nesta terça-feira. As quedas dos bancos foram lideradas pelas units do Santander, que caíram 4,07%. No setor elétrico, Cesp PNB recuou 3,86%. Com o resultado desta terça (14), o Ibovespa reduz a alta acumulada em junho para 0,37% e a de 2016, para 12,22%.


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