O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) avançou 6,9 pontos em julho ante junho, para o 89,1 pontos, maior nível desde março de 2014 (quando estava em 89,2 pontos). Foi o quinto avanço consecutivo no indicador, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).
A média móvel trimestral do IAEmp subiu 4,2 pontos, "sinalizando aceleração da tendência de atenuação do ritmo de queda do total de pessoal ocupado na economia brasileira nos próximos meses", avaliou a FGV, em nota.
Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) recuou 0,8 ponto na passagem de junho para julho, alcançando 96,8 pontos. A média móvel trimestral, entretanto, registrou alta de 0,4 ponto, "mostrando certa estabilização da taxa de desemprego nos últimos meses", ressaltou a entidade.
"Os dois indicadores de mercado de trabalho refletem uma situação relativamente distinta. O IAEmp sugere recuperação à frente, puxado pelo otimismo com a situação dos negócios da indústria. Os trabalhadores, no entanto, ainda não observam, no presente momento, uma melhora no mercado de trabalho", afirmou Fernando de Holanda Barbosa Filho, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial. "O comportamento dos índices sugere que a consolidação de um cenário de maior atividade econômica poderá ser convertido em melhora do mercado do trabalho nos próximos meses, ainda que em ritmo mais lento", complementou.
O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. Já o IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.