Depois de encerrar nesta quinta-feira (11) no maior nível em quase dois anos, a Bovespa terminou estável nesta sexta-feira (12) embora contabilize ganho semanal de 1,11%. A valorização de mais de 2,0% dos contratos futuros de petróleo não impediu um movimento de realização nas bolsas de Nova York - que na véspera renovaram máximas históricas - tampouco foi suficiente para dar impulso ao Ibovespa, que parece confortável no atual patamar.
Internamente, o destaque ficou por conta das ações da Petrobras, que reagiram aos resultados trimestrais da companhia, divulgados nesta quinta após o fechamento do mercado. Embora o lucro tenha vindo abaixo do esperado, outros pontos do balanço agradaram, como a redução na alavancagem.
Os papéis da estatal operaram em alta durante a maior parte do pregão, beneficiados também pelas cotações do petróleo, mas no fim terminaram sem direção única, desempenho que pode ser justificado pela proximidade do vencimento de opções sobre ações, na segunda-feira (15).
Outro alvo do exercício, a Vale figurou entre os destaques de queda, penalizada por avaliações negativas por parte de bancos e por dados fracos da indústria chinesa.
Assim como ontem, o Ibovespa encerrou aos 58.298,40 pontos, no maior patamar de fechamento desde 18 de setembro de 2014, quando marcou 58.374 pontos. Entre mínima e máxima, o índice à vista foi dos 57.987 pontos (-0,54%) aos 58.753 pontos (+0,78%). O giro financeiro somou R$ 7,59 bilhões. A Bovespa acumula ganho de 1,73% no mês de agosto e valorização de 34,49% em 2016.
"A Bovespa subiu bem ontem, está no maior nível do ano mesmo com tanta incerteza na política e na economia e com a visibilidade comprometida, já que não se sabe se o governo Temer vai conseguir fazer o que se propõe no campo fiscal. Está faltando fôlego pra subir. O vencimento de opções também deixa as ações um pouco travadas", comentou um operador de renda variável, lembrando que os investidores tinham até esta sexta-feira para se posicionarem à luz do exercício de opções sobre ações.
As ações da Petrobras encerraram em alta de 1,68% as ON e queda de 0,83% as PN. Segundo operadores, a briga entre comprados e vendidos no vencimento de segunda-feira acabou influenciado os papéis da estatal nesta tarde. Na primeira metade dos negócios, eles subiam firmes refletindo o balanço da companhia e, principalmente, mais um dia de forte alta do petróleo no mercado internacional.
A commodity segue em rota de recuperação na esteira de expectativas sobre a reunião de setembro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), anunciada nesta semana.