A confiança do consumidor subiu 2,6 pontos em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, informou nesta quarta-feira (24), a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com o resultado, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) passou de 76,7 pontos em julho para 79,3 pontos em agosto, o maior patamar desde janeiro de 2015 (81,2 pontos).
"Aproximadamente 90% da alta da confiança dos consumidores nos últimos quatro meses anteriores foi determinada pela melhora das expectativas. Em agosto, no entanto, a maior contribuição veio do aumento da satisfação com a situação presente, um sinal favorável, considerando que houve uma melhora na percepção dos consumidores tanto em relação ao mercado de trabalho quanto à situação financeira das famílias. O resultado dá maior consistência à tendência de recuperação do ICC.", avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor, em nota oficial.
A percepção dos consumidores sobre a situação presente melhorou pelo segundo mês consecutivo. Após atingir o nível mínimo histórico em junho, o Índice da Situação Atual (ISA) subiu 3,8 pontos em agosto, para 69,5 pontos, o maior patamar desde setembro do ano passado (69,8 pontos).
As expectativas avançaram pelo quarto mês consecutivo. O Índice de Expectativas (IE) cresceu 1,6 ponto, para 86,9 pontos, o maior nível desde dezembro de 2014 (87,2 pontos).
Razões
A Sondagem do Consumidor da FGV mostrou que o indicador que mede a satisfação com a situação econômica local foi o quesito que mais influenciou o avanço na confiança em agosto. O quesito subiu 3,6 pontos em relação a julho, para 76,6 pontos, o maior nível desde maio de 2015 (77,6 pontos).
Com relação às expectativas futuras, o indicador que mede o grau de otimismo em relação à Situação Econômica Local Futura aumentou 1,7 ponto, ao passar de 109,9 pontos em julho para 111,6 pontos em agosto, o maior patamar desde setembro de 2012 (111,9 pontos).
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) passou de 76,7 pontos em julho para 79,3 pontos em agosto. Houve aumento da confiança em todas as quatro classes de renda pesquisadas, mas a melhora mais expressiva ocorreu entre os consumidores com renda familiar entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00. O ICC dessa faixa de renda aumentou 5,2 pontos em agosto e 14,3 pontos no acumulado do trimestre.
Entre os consumidores de menor poder aquisitivo, com renda familiar inferior a R$ 2.100, a confiança aumentou 3,0 pontos em agosto e acumulou apenas 7,1 pontos de avanço no trimestre, 50% menos do que a faixa de renda citada anteriormente.
A edição de agosto da Sondagem do Consumidor coletou informações de 2.047 domicílios entre os dias 1º e 20 de agosto.