Dólar cai mais de 2% e fecha em R$ 3,21 no mercado à vista

Foi a variação mais intensa do dólar desde o dia 28 de junho, quando a moeda caiu 2,57%
Estadão Conteúdo
Publicado em 06/09/2016 às 18:46
Foi a variação mais intensa do dólar desde o dia 28 de junho, quando a moeda caiu 2,57% Foto: Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil


A forte queda do dólar no exterior desencadeou um desmonte de posições compradas no segmento futuro, intensificando a realização de lucros no mercado doméstico nesta terça-feira (6) após avanços recentes. Lá fora, os principais catalisadores da onda de vendas foram indicadores mais fracos que o esperado nos Estados Unidos, que reforçaram a percepção de que o Federal Reserve ainda deve levar algum tempo para elevar os juros.

No mercado à vista, o dólar negociado no balcão fechou em queda de 2,12%, aos R$ 3,2120, valor mais baixo desde 22 de agosto, quando encerrou aos R$ 3,2013. Já a variação do dólar foi a mais intensa desde 28 de junho (-2,57%). De acordo com dados registrados na clearing da BM&FBovespa, o volume de negócios no segmento à vista somou US$ 1,437 bilhão.

A queda do dólar, que começou pela manhã, foi intensificada durante a tarde, em linha com as perdas do Dollar Index e o enfraquecimento divisa norte-americana ante moedas de mercados emergentes. No segmento futuro, o contrato de dólar para outubro perdeu 2,63%, aos R$ 3,2210, com giro de US$ 16,201 bilhões.

Hoje, o cenário doméstico ficou em segundo plano, mas os agentes financeiros continuam atentos à mobilização de Michel Temer em relação ao apoio político necessário para dar sequências ao seus esforços de ajuste fiscal e reformas. Também estão no radar as diferentes reações ao novo governo durante comemorações de Sete de Setembro, amanhã, quando o mercado do Brasil estará fechado. Na agenda internacional, o Federal Reserve divulga nesta quarta-feira o Livro Bege, sobre condições econômica no País. Já na quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) anuncia decisão de política monetária, com pronunciamento do presidente da entidade, Mario Draghi, que pode indicar novas medidas de estímulo.

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