A Bovespa manteve o movimento de recuperação e fechou em alta de 1,49%, nesta quinta-feira (15) aos 57.909,48 pontos. Os negócios na Bolsa brasileira tiveram como referência as bolsas de Nova York. Lá, o incentivo para as ordens de compra de ações veio da percepção de que é cada vez menor a chance de um aperto monetário nos Estados Unidos na próxima reunião do Federal Reserve, na semana que vem.
A agenda de indicadores econômicos nos Estados Unidos foi extensa e relevante. Na análise geral dos dados, os investidores entenderam que os indicadores apontaram para uma economia ainda fraca nos Estados Unidos, que desencorajaria o Fed de elevar os juros agora. Entre os dados divulgados, chamaram a atenção as vendas no varejo em agosto, que caíram 0,3%, contra expectativa de recuo de 0,1%. Desde março que o índice não apresentava queda Já o PPI, que mede a inflação no atacado, ficou estável no mês passado, num sinal de que a pressão inflacionária continua fraca - o Fed tem uma meta de inflação de 2%.
O dia foi de altas generalizadas, mas teve entre os destaques os grupos de ações do setor bancário, que recuperou perdas recentes, e o elétrico, que reflete expectativa de aquecimento de negócios no setor. Os papéis da Petrobras também subiram expressivamente, acompanhando a valorização do petróleo. Por outro lado, a queda do dólar ante o real derrubou ações de empresas exportadoras, devido ao seu impacto negativo sobre a receita dessas companhias. Enquanto Petrobras PN e ON subiram 3,05% e 2,34%, respectivamente, as de Fibria ON (-1,00%) e Klabin unit (-0,94%) estiveram entre as quedas do dia.
Na máxima do dia, o Ibovespa chegou aos 58.127 pontos (+1,87%), mas não se sustentou acima do patamar dos 58 mil pontos. A melhora do humor dos investidores, no entanto, não se traduziu em aumento do volume de negócios. Foram movimentados R$ 5,47 bilhões na bolsa brasileira, valor bem inferior à média das últimas semanas. Na última terça-feira,13, os investidores estrangeiros retiraram R$ 687,498 milhões da Bovespa. Naquele dia, o Ibovespa havia fechado em baixa de 3,01%. No acumulado de setembro, a bolsa registra saldo negativo de R$ 875,618 milhões. No ano, o saldo é positivo em R$ 14,133 bilhões de recursos externos.