Mercado financeiro já espera que o governo não vá cumprir a meta fiscal de 2017. Segundo dados do Prisma Fiscal, divulgado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, os analistas esperam que o déficit do governo central no ano que vem seja de R$ 140,157 bilhões, enquanto que a meta fiscal enviada pela equipe econômica e aprovada pelo Congresso permite um rombo de R$ 139 bilhões. Com este cenário, há agentes financeiros que esperam resultados ainda piores: um déficit de R$ 200 bilhões no ano que vem.
Para 2016, a mediana das expectativas ainda está dentro da meta que o governo pode entregar: um déficit de R$ 170,5 bilhões. De acordo com o boletim publicado nesta quinta-feira, 15, este ano deve acabar com as contas negativas em R$ 160,378 bilhões, expectativa pior do que a do mês passado, quando os analistas esperavam um déficit de R$ 158,860 bilhões.
Mesmo com um resultado pior nas expectativas para o primário, os dados do relatório mantêm a estimativa de arrecadação federal em R$ 1,269 trilhão e de receita líquida em R$ 1,082 trilhão, ante relatório do mês passado. As despesas também tiveram a mesma mediana do último relatório: R$ 1,241 trilhão.
Faltando apenas quatro meses para o fim do ano, o mercado espera que 2016 acabe com uma dívida bruta em 73,50% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto que, em 2017, o indicador seja de 78,40% do PIB.
No mês de setembro, o governo deverá apresentar mais um déficit primário. Os analistas esperam que as contas fechem deficitárias em R$ 21,810 bilhões, resultado ligeiramente melhor do que o publicado no relatório anterior: negativo em R$ 22,6 bilhões. De acordo com o Prisma, outubro também fechará no vermelho: em R$ 12,756 bilhões. O penúltimo mês do ano, novembro, também tem expectativa negativa e deverá apresentar um rombo de R$ 27,351 bilhões.