A Bovespa voltou a ter o mercado externo como principal referência nesta segunda-feira (19) e recuperou parte das perdas da sessão anterior, ao fechar em alta de 0,47%, aos 57.350,37 pontos. A instabilidade dos preços do petróleo e o exercício de opções sobre ações, no entanto, trouxeram volatilidade aos negócios.
A expectativa em torno ds reuniões de política monetária do Banco Central do Japão (BoJ) e principalmente do Federal Reserve, ambos na quarta-feira, continuaram a dar o tom dos negócios. Embora as chances de um aumento de juros nos Estados Unidos seja considerada remota, os investidores mantêm a cautela à espera do comunicado do BC americano, que pode dar novas pistas sobre quando os juros nos EUA serão elevados.
Assim como aconteceu nas bolsas internacionais, principalmente europeias, boa parte da alta na Bovespa foi comandada pelas ações do setor financeiro. Itaúsa ON teve alta de 1,25%, enquanto Bradesco PN avançou 1,06% e Itaú Unibanco PN, 0,71%. Papéis do setor de siderurgia também foram destaque, liderados por CSN ON, a maior alta do Ibovespa. O papel refletiu a repercussão de notícia do final de semana de que a empresa estaria negociando com a chinesa CBSteel a venda de participação minoritária na Congonhas Minérios, que reúne os ativos Casa da Pedra, Engenho e Pires. Com a expectativa de venda de ativos, CSN ON subiu 6,12%.
O petróleo foi importante fator de volatilidade ao longo do dia. A commodity teve uma manhã de altas, após a notícias de combates em portos da Líbia ao longo do fim de semana, com reflexo na produção. Depois de atingirem altas superiores a 2%, o petróleo negociado em Londres e Nova York passou por uma realização de lucros que quase neutralizou as altas.
Em meio à instabilidade do petróleo e ao exercício de opções na Bovespa, as ações da Petrobras tiveram um dia de forte volatilidade. Depois de sustentarem o viés positivo durante quase todo o dia, os papéis perderam fôlego na última hora de negócios e fecharam em baixa de 0,07% (ON) e 0,84% (PN). As ações da Vale, também enfrentaram volatilidade por conta do exercício de opções, mas fecharam com ganhos de 1,52% (ON) e 2,15% (PNA). O exercício de opções totalizou R$ 2,261 bilhões, o que inflou o fraco volume de negócios da bolsa para R$ 7,574 bilhões.