Com 174,2 mil veículos produzidos, numa queda de 15,1% na comparação anual, as montadoras terminaram o mês passado amargando o outubro mais fraco em termos de atividade do setor em 13 anos.
Em relação a setembro, quando o resultado foi, em parte, comprometido pela parada de produção nas fábricas da Volkswagen que se estendeu na primeira quinzena daquele mês, houve alta de 2,3% na produção de carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. O balanço foi divulgado nesta segunda-feira, 7, pela Anfavea, entidade que representa os fabricantes de veículos instalados no país.
O desempenho leva para 1,74 milhão de veículos o total fabricado pelas montadoras desde janeiro, também no menor volume, entre períodos equivalentes, desde 2003. Frente aos dez primeiros meses de 2015, o corte na produção foi de 17,7%, num reflexo do esforço das montadoras para normalizar estoques e adequar o ritmo das linhas de montagem a um mercado menor.
Só nas fábricas de carros de passeio e comerciais leves, como picapes, a produção somou 167,9 mil unidades durante o mês passado, 14,8% abaixo de igual período de 2015. Frente a setembro - mês que teve um dia útil a mais -, a produção nessa categoria teve crescimento de 2,8%.
Já nas linhas de montagem de caminhões, houve queda de 31,8% na comparação anual e 4,4% em relação a setembro, num total de 4,6 mil veículos produzidos no mês passado.
O balanço da Anfavea mostra ainda que a produção de ônibus, de 1,7 mil unidades, teve alta de 34,3% em relação a outubro de 2015. No comparativo mensal, a fabricação de coletivos caiu 22,9%.
Os ajustes de mão de obra também prosseguiram em outubro, quando 952 vagas foram eliminadas nas montadoras, incluindo nessa conta as fábricas de máquinas agrícolas, também associadas à Anfavea.
O setor terminou o mês passado com 123,7 mil pessoas ocupadas, o que significa um corte de 9,17 mil postos nos últimos 12 meses, ou 35,9 mil vagas a menos desde novembro de 2013, quando teve início o ciclo de enxugamento de empregos na indústria de veículos.