O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, disse nesta terça-feira (13) que o ano de 2017 será "duríssimo" para a indústria. A previsão da confederação é que a atividade volte a crescer a partir do segundo semestre e suba 0,5% em 2015.
Andrade evitou fazer críticas ao atual governo, mas disse que o ajuste fiscal não está ajudando a economia a crescer e gerar emprego. "A única forma de fazer reequilíbrio fiscal é pelo gasto, não há espaço para mais carga tributária", acrescentou.
Ele ressaltou que a reforma da Previdência é fundamental e pediu também que sejam feitas mudanças na legislação trabalhista.
Andrade lembrou que o endividamento das empresas está muito alto e que não há mecanismos para a renegociação de dívidas. Ele defendeu a criação de um programa de reestruturação de débitos tributários das empresas com a União e Estados. "Se não houver equacionamento desses débitos, as empresas não conseguem licenças, financiamentos, nem pagar funcionários", observou.