A produção de cana-de-açúcar deverá chegar a 694,54 milhões de toneladas, de acordo com o 3º Levantamento da Safra 2016/2017, divulgado hoje (20) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Isso representa um crescimento de 4,4% em relação à safra anterior, que foi de 665,59 milhões de toneladas.
A área a ser colhida está estimada em 9,1 milhões de hectares, aumento de 5,3% se comparada com a safra 2015/16, que foi de 8,6 milhões de hectares.
A produção de açúcar deverá atingir 39,8 milhões de toneladas, 18,9% superior à safra 2015/16, que chegou a 33,5 milhões de toneladas. A produção de etanol deve recuar 8,5% em relação à safra anterior, de 30,5 milhões de toneladas, ficando em 27,9 bilhões de litros. Segundo a Conab, a tendência se deve a maior rentabilidade do açúcar.
No caso do etanol anidro, utilizado na mistura com a gasolina, a produção deverá ter aumento de 1,5%, alcançando 11,4 bilhões de litros, impulsionado pelo crescimento do consumo de gasolina em detrimento ao do etanol hidratado. Na safra anterior, a produção chegou a 11,2 bilhões de litros. O etanol hidratado deverá atingir a produção de 16,5 bilhões de litros, redução de 14,3% ou 2,8 bilhões de litros, comparado à safra passada (19,2 bilhões de litros), resultado do menor consumo deste combustível.
No Sudeste, as chuvas atrasaram a colheita da safra anterior e houve aumento da quantidade de cana bisada para a atual safra, refletindo num aumento de 7,1% na produção total.
No Centro-Oeste as chuvas foram reduzidas, o que deve impactar numa redução de produtividade na ordem de 9,5% e recuo de 3,9% na produção.
No Nordeste deve haver diminuição da área colhida e aumento de produtividade. Isso se deve, entre outras coisas, a uma recuperação em relação ao déficit hídrico na safra passada.
A Região Sul apresenta maior aumento percentual de área no país. O Paraná deve colher, nesta safra, a cana bisada, que é a que sobrou da safra anterior. E na Região Norte, responsável por menos de 1% da produção nacional, a área cultivada aumentou, a exemplo dos últimos anos. Apesar disso, a produtividade teve redução, nesta safra, em face das más condições climáticas para o desenvolvimento do canavial, explicou a Conab.