Objetivo é injetar valores na economia, diz Temer sobre FGTS

Ele afirmou que, se todos os brasileiros que tiverem dinheiro a sacar recursos das contas inativas fizerem a retirada, a economia receberá R$ 40 milhões
Estadão Conteúdo
Publicado em 14/02/2017 às 12:07
Ele afirmou que, se todos os brasileiros que tiverem dinheiro a sacar recursos das contas inativas fizerem a retirada, a economia receberá R$ 40 milhões Foto: Foto: ABr


O presidente da República, Michel Temer, disse nesta terça-feira (14), durante cerimônia de anúncio de calendário de pagamento das contas inativas do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) no Palácio do Planalto, que em menos de dez minutos o site da Caixa Econômica Federal recebeu 480 mil acessos. Ele afirmou que, se todos os brasileiros que tiverem dinheiro a sacar recursos das contas inativas fizerem a retirada, a economia receberá R$ 40 milhões. 

Temer lembrou que a medida foi anunciada no fim do ano passado pelo governo para acelerar a retomada da economia e disse que ela é fruto do objetivo da equipe econômica de seu governo de "injetar valores na economia brasileira". 

Segundo ele, a medida, além de colocar recursos para os trabalhadores, "de igual maneira atender pleito das contas inativas". "Por isso que o saque do FGTS injetaria recursos e traria tranquilidade social", afirmou. 

Em discurso, Temer aproveitou para fazer defesa da reforma trabalhista

Em seu discurso a uma plateia que incluía - como de costume - parlamentares da base aliada, o presidente aproveitou para fazer uma defesa da reforma trabalhista, que ele está chamando de "modernização" da legislação. Em sua fala, o presidente disse que é preciso ler a constituição que já traz "o enaltecimento das convenções e acordos coletivos". "É importante estudar a constituição; no Brasil não temos esse hábito", reforçou. 

O presidente destacou por fim que suas medidas econômicas buscam ajustar as contas públicas, mas sem esquecer das políticas sociais. "A responsabilidade fiscal corre paralelamente a responsabilidade social", afirmou. 

No fim de sua fala, Temer pediu aplausos "vigorosos e frenéticos" para todos da equipe de seu governo que estão elaborando as medidas para a retomada a economia e para os membros do Congresso Nacional, a quem ele repetiu que o governo tem "um apoio extraordinário".

Presente na cerimônia, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, também fez uma defesa da "modernização da legislação trabalhista" e disse que a pasta está ativamente debruçada sobre o projeto. Segundo ele, o grupo técnico da pasta vai concluir parte dos trabalhos no próximo dia 16. "Acreditamos que a proposta de modernização trabalhista possa ser votada ainda no primeiro semestre", afirmou. 

Também participaram da cerimônia os ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Eliseu Padilha (Casa Civil), Dyogo Oliveira (Planejamento), e o presidente da Caixa, Gilberto Occhi.

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