O mandado de prisão temporária na 2ª fase da Operação Greenfield, deflagrada nesta quarta-feira (8), pela Polícia Federal, é contra o empresário Mauro Celso Lopes, antigo parceiro de negócios da holding J&F, segundo investigadores.
A Polícia Federal informou que 30 policiais federais cumprem sete medidas judiciais nos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Todas ações acontecem por determinação do juiz Vallisney de Souza, titular da 10ª Vara da Justiça Federal no DF.
De acordo com a PF, os alvos desta nova fase da Greenfield são investigados "por fazerem parte de um esquema de cooptação de testemunhas que poderiam auxiliar as investigações, eventualmente ocultando provas úteis ao esclarecimento dos crimes apurados pela Operação Greenfield".
A suspeita é que um contrato de R$ 190 milhões entre os dois principais sócios de um dos maiores grupos empresariais investigados pela Greenfield tenha sido empregado para mascarar o suborno a um empresário concorrente para que não revelasse informações de interesse da investigação.
A suspeita, trazida por uma testemunha à investigação, é que o contrato de fornecimento de massa florestal de eucalipto para produção de celulose seja apenas uma forma de recompensar o silêncio de um ex-sócio que poderia auxiliar a investigação.
A primeira fase da Greenfield foi deflagrada em setembro do ano passado. A investigação apura desvios de R$ 8 bilhões nos fundos de pensão Funcef, Petros, Previ e Postalis.