O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que "não serão uma ou duas semanas que farão diferença para a aprovação da reforma da Previdência", pelo Congresso, pois o "importante é que seja aprovada." O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse nesta sexta-feira (21) em Foz do Iguaçu, que se não for possível a votação no plenário da Casa no dia 8 de maio, poderá ocorrer no dia 15 de maio.
O ministro da Fazenda ressaltou que a proposta da reforma da Previdência Social "está bem encaminhada" no Congresso, onde espera que será aprovada até o final de junho. Contudo, o ministro manifestou em Washington que, caso ocorra algum adiamento e fosse aceita de forma definitiva pelos parlamentares em agosto, não seriam gerados problemas para a correção das contas públicas no longo prazo. Para ele, no entanto, o impacto maior poderia ocorrer sobre expectativas de investidores, com efeito em preços de ativos financeiros.
Meirelles afirmou ainda que "a grande maioria de investidores acredita que a reforma da Previdência Social será aprovada" pelo Congresso. "A velocidade de reformas no Brasil é admirada por interlocutores com quem encontrei em Washington", durante a reunião de Primavera do Fundo Monetário Internacional.
"Há uma melhora de percepção internacional sobre o Brasil que ocorre desde meados de 2016", disse. Segundo o ministro, "há uma recepção muito boa de investidores em relação ao Brasil" nos encontros que realizou nos EUA, que fazem perguntas pontuais sobre o tema, como o cronograma para a aprovação da reforma da Previdência pelo Congresso.
O ministro ponderou que o ingresso de capitais no Brasil "está forte e constante", com redução de prêmios de risco em relação a ativos financeiros do País. "O fluxo de investimentos pode consolidar-se com a aprovação da reforma da Previdência", afirmou. "Há interesse muito grande de investidores por projetos em infraestrutura", concluiu.